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Quem são os ‘Guardiões da Floresta’, o grupo de índios protetores da Amazônia no Maranhão

Quem são os ‘Guardiões da Floresta’, o grupo de índios protetores da Amazônia no Maranhão

Fonte G1 MA

Dentro da floresta amazônica existe um grupo organizado de vigilantes indígenas que se arrisca para proteger o que ainda resta do território de etnias Guajajara, Kaapor e Awa-Guajá. São os ‘Guardiões da Floresta’, que trabalham continuamente para defender suas terras de madeireiros.

“Eles querem matar todos que é pra ficar com nossa terra para produzir soja, cana, biocombustível que eles querem produzir. Querem tirar o petróleo que tem dentro das terras, ouro. Nós somos impedimento para eles”, declarou o índio Laércio Guajajara a um documentário da ONG Survival International, em 2018.

Laércio é um sobrevivente da emboscada ocorrida na sexta-feira (1º) na Terra Indígena Governador, próximo a Terra Indígena Arariboia, na região de Bom Jesus das Selvas, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo.

A ação de madeireiros resultou na morte do indígena Paulo Paulino Guajajara, também conhecido como o “Lobo Mau”, e de um madeireiro que também morreu na troca de tiros. A Polícia Federal investiga o caso.

Paulo Paulino “Lobo Mau” Guajajara morreu após uma emboscada na Terra Indígena Governador, no Maranhão — Foto: Sarah Shenker/Survival International

Paulo Paulino “Lobo Mau” Guajajara morreu após uma emboscada na Terra Indígena Governador, no Maranhão — Foto: Sarah Shenker/Survival International

Como atuam os ‘Guardiões’

Os Guardiões da Floresta atuam em várias regiões do Maranhão, principalmente na terra indígena Arariboia, um território com 413 mil hectares no sudoeste do estado. O grupo identifica e vigia as trilhas abertas pelos madeireiros ilegais e flagram a ação dos criminosos. Cada ação coloca em risco a vida dos índios.

No dia 6 de setembro, índios do grupo Guardiões da Floresta entregaram à Polícia Federal oito madeireiros que montaram uma tenda improvisada e estariam desmatando árvores dentro da terra indígena Arariboia.

Eles foram detidos pelos próprios índios na região do município de Amarante, no sudoeste do Maranhão. A tenda que os madeireiros usavam foi destruída. Os ‘Guardiões’ não fazem parte de um só grupo, mas são divididos por etnia. Segundo a Frente de Proteção Awa Guajá, ligada a Funai, cada etnia define o número de guardiões para cada região que vai atuar dentro da floresta amazônica.


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