Por Paulo Henrique Amorim:
Como o amigo navegante do Conversa Afiada sabe, a privatização dos Correios é uma das principais bandeiras do programa de privataria ampla, geral e irrestrita do presidente Jair Bolsonaro e de seu ministro (sic) da Economia (sic) Paulo Guedes.
No último dia 7/I, indagado sobre a possibilidade de entrega da estatal, Bolsonaro classificou “essas privatizações com centenas, dezenas de milhares de servidores” como “um passivo grande”.
Os Correios registraram lucro de R$ 667 milhões em 2017 e de R$ 161 milhões em 2018.
A empresa possui também a maior rede de logística da América Latina.
Portanto, é um alvo interessante para os privateiros, interessados na dilapidação do patrimônio público.
A coluna “Painel” da Folha de São Paulo desta quarta-feira 15/I revela que executivos de empresas privadas já se engajam em longas conversas privadas sobre o que fazer com os Correios após a privatização.
Um dos primeiros passos é o que fazer com o grande contigente de funcionários da estatal.
Atualmente, os Correios possuem cerca de 109 mil funcionários.
Representantes das empresas privadas afirmam que podem fazer o mesmo serviço com aproximadamente 64% do atual quadro de funcionários.
Ou seja: cerca de 40 mil funcionários iriam, em curto prazo, para o olho da rua!
Segundo a Folha, o Governo Federal não pretende realocar os demitidos para outras empresas estatais ou órgãos públicos – o temor é criar um precedente para as próximas ações de privataria…
A coluna completa: “dada a complexidade e o impacto do tema, a data prevista para a apresentação do formato de privatização ficou para o fim de 2021”.
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