O Festival Cabeça de Nêgo, projeto selecionado pelo Edital Ocupa CCVM, acontece dias 22 e 23 de novembro, no Centro Cultural Vale Maranhão com o objetivo de refletir sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil. Idealizado pelo jornalista e DJ Pedro Sobrinho, o festival irá promover debate, mostra de moda, baile com discotecagem e show.
No primeiro dia (22/11), sexta-feira, a partir das 18h, acontece a Conversa Aberta: A Difícil Arte de ser Negro e ter Autoestima, com as participações da fotógrafa Louise Mendes; da ativista e coordenadora do Coletivo Bantu Kunlê, Meire Rabelo; do advogado Erik Moraes; da historiadora e pesquisadora, Mariana Sulidade e da arte arte educadora e cantora, Luciana Oliveira (DF). Em seguida será apresentada a Haverá também além a Mostra de Roupas Autorais do estilista João Belfort e a discotecagem de Gabriella Leão e Brunoso.
O sábado (23/11) reserva ao público Somos Todos Black, um grande baile tendo como base a diversidade musical de influência negra. Quem abre a festa é o DJ Pedro Sobrinho e segue com o DJ Joaquim Zion e sua discotecagem no vinil. Fechando a noite, o grupo Canal Raja sobre ao palco com participação da cantora brasiliense, Luciana Oliveira.
De acordo com seu idealizador, Pedro Sobrinho, o Festival Cabeça de Nêgo surge para agregar às ações do Dia Nacional da Consciência Negra em São Luís, “para celebrar a resistência da luta do negro no país, chega debatendo o racismo, resistência e a inserção qualificada do negro na sociedade, tendo como quesitos essenciais a autoestima e a determinação”, enfatiza.
Para a convidada do evento, a cantora brasiliense Luciana Oliveira, o tema autoestima do negro como poder de fala é enriquecedor, “sobretudo no Brasil, onde a exclusão racial, social e econômica da população negra se deu muito pela desconstrução da autoestima. Por um olhar que inferiorizava e assim não permitia a mobilidade. Por isso hoje é tão importante temas como o empoderamento e a representatividade”.
PROGRAMAÇÃO
Dia 22/11 (sexta-feira)- 18h
RODA DE CONVERSA: A DIFÍCIL ARTE DE SER NEGRO E TER AUTOESTIMA, com
Mariana Sulidade, Meire Rabelo, Erik Moraes, Louise Mendes e Lucinana Oliveira (DF)
Mostra de Roupas Autorais, do estilista João Belfort
Discotecagem, Gabriella Leão e Brunoso
Dia 23/11 (sábado) 18h
BAILE SOMOS TODOS BLACK
Discotecagem: Pedro Sobrinho e Joaquim Zion
Show: Canal Raja (MA) com participação de Luciana Oliveira (DF)
CONVIDADOS
LOUISE MENDES, fundadora do I-Black, comunidade que discute o papel do negro no mercado de trabalho. Como fotógrafa retratou a moda inspirada no Reggae e a forte influência desse ritmo na identidade cultural de São Luís.
MARIANA SULIDADE, educadora popular da Rede Emamcipa, historiadora, pesquisadora no campo do Ensino de História, territorialidades e questões raciais; mestre em História (UEMA) e professora substituta do curso de História da UEMA.
MEIRE RABELO, militante do movimento negro, coordenadora do Coletivo Bantu Kunlê, graduada em Serviço Social (UFMA) e mestranda em Cartografia Social e Política (UEMA).
ERIK MORAES, advogado, primeiro presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, da OAB-MA. Ativista do Movimento Negro e dos Direitos Humanos.
JOÃO BELFORT, stylist maranhense, criador da Moda do João e membro do coletivo criativo Haus 337. Trabalhou com alguns nomes da cena artística local e nacional como Thaynara OG, Zeca Baleiro, Only Fuego, Criolina, entre outros. Tem trabalhos em veículos nacionais e internacionais, atuou com nomes da moda maranhense, como Chico Coimbra. Foi premiado duas vezes como melhor produtor de moda do Maranhão.
DJ BRUNOSO, produz seus próprios sons desde os 13 anos, inspirado por gêneros periféricos brasileiros, misturando-os com elementos da Bass Music. Seus sets transitam entre Funk, Rasteirinha, Hip-Hop, Bregadeira e Música Eletrônica.
DJ GABRIELLA LEÃO, produtora de eventos de protagonismo negro. Apaixonada por música preta e derivados, suas maiores referências são os batuques e a musicalidade brasileira. Seu set trará brasilidades, funk, bregadeira, rap, R&B, afrohouse e techno.
DJ PEDRO SOBRINHO, há 20 anos na pista, já tocou dentro e fora do Maranhão, produziu festas em diversas casas. O público pode se preparar pra curtir brasilidades remixadas (coco, ciranda, maracatu, sons da Amazônia), Dub, Afrobeat, Soul e R&B.
JOAQUIM ZION, pesquisador, produtor cultural, um dos pioneiros na arte da discotecagem do vinil no Maranhão. Reúne uma rara coleção, com mais de cinco mil vinis, que começou aos 16 anos. Nos anos 90 iniciou a Rádio Zion, que apresentava pérolas do reggae de raiz e música brasileira. São 22 anos de discotecagem, com destaque para as produções do show dos jamaicanos Johnny Clarke e Lloyd Parks, entre outros. Sua discotecagem trará roots reggae, samba rock, original funk, dub, afrobeat, MPB e outras raridades do seu acervo. É som para dançar e pensar!
CANAL RAJA, com bases digitais tocadas por um DJ, a Raja apresenta um trabalho original, dançante e vibrante. Tem como influências, o Rub-a-Dub e toda a sonoridade da Jamaica.
LUCIANA OLIVEIRA (DF), ex-backing vocal da banda Natiruts, realiza shows por todo o Brasil, com destaque para Festival 061 (Brasília) e o Quintas no BNDES (Rio de Janeiro). Transita do samba ao afoxé. Em 2011, gravou com a lenda viva do Dub, Mad Professor, no estúdio do cantor em Londres, mesclando música brasileira e Reggae. Criou e produziu o show Canções de Liberdade (2017), com as participações de Liniker, Maíra Freitas e outras.
SERVIÇO:
O que: Festival Cabeça de Nêgo
Quando:
Dia 22/11 –
Conversa Aberta: A difícil Arte de ser Negro e ter Autoestima
Mostra de Roupas Autorais, de João Belforf
Discotecagem com Gabriella Leão e Brunoso
Dia 23/11
Baile Somos Todos Black, comandado pelos DJs Pedro Sobrinho e Joaquim Zion
Show com a banda Canal Raja e a cantora Luciana Oliveira
Onde: Centro Cultural Vale Maranhão, localizado na avenida Henrique Leal, 149 – Praia Grande – Centro Histórico de São Luís.Tel.: 3232 6363.
Programação gratuita.
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