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Temer ligou para Moreira Franco horas antes de ambos serem presos, diz MPF

Temer ligou para Moreira Franco horas antes de ambos serem presos, diz MPF

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), foram analisados 86 dias de registro, a partir do celular do ex-ministro, apreendido. As ligações e mensagens, disseram, eram no máximo até as 22h.

Os procuradores ainda afirmaram que vão recorrer da decisão do desembargador Ivan Athié, do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), que libertou Temer e Moreira Franco da prisão preventiva.

DENÚNCIAS

Na 1ª denúncia (íntegraapresentada nesta 6ª feira, a Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro sustentou que Temer e mais 9 pessoas cometeram crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

Os supostos crimes envolvem a contratação irregular da empresa finlandesa AF Consult Ltda, da Argeplan e da Engevix para executar contrato de engenharia eletromecânico, da usina nuclear de Angra 3, com desvios de R$ 11 milhões dos cofres públicos.

Segundo o MPF, os pagamentos eram realizados por meio de empresas como a Construbase Engenharia, que repassava valores para a PDA Projetos, pertencente ao coronel Lima, tendo como beneficiário final o ex-presidente Michel Temer.

“A peça é muito robusta e demonstra como era feito o esquema. Em  dos e-mails, o presidente da Eletronuclear pede ao coronel Lima a nomeação de um diretor. O fato demonstra que quem mandava na empresa era o Michel Temer, por meio do coronel Lima”, disse Eduardo El Hage.

Na 2ª denúncia (íntegra), Temer, Moreira e mais 7 pessoas respondem pela suposta contratação fictícia com a empresa Alumi Publicidades, como forma de dissimular o pagamento de propina de cerca de R$ 1,1 milhão.

“O colaborador disse que foi procurado para viabilizar o pagamento de propinas, foi cobrado por Lima a mando de Michel Temer. Eram do pleno conhecimento de Moreira Franco. Se buscou uma solução através da Secretaria de Aviação Civil [à época chefiada por Moreira]. O colaborador encontrou uma outra solução, dentro de um contrato. Coronel Lima solicita propina ao colaborador, que efetiva pagamentos através da Alumi, que prestava serviços ao Aeroporto de Brasília, e voltam a PDA, que era do coronel Lima. Foram firmados contratos fictícios entre a Alumi e o Aeroporto de Brasília para dar aparência de legalidade”, disse o procurador Stanley Valeriano.

As defesas dos acusados negam envolvimento em atividades criminosas.

OUTRO LADO

Em nota (íntegra), a defesa de Temer chamou a entrevista dos procuradores de “show de horrores”.

No texto, o advogado Eduardo Carnelós afirma que as denúncias “não têm nenhum fundamento sério” e constroem uma “tese acusatória completamente dissociada da realidade”.

PODER360

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