Pressionado pelas inúmeras denúncias que estão sendo feitas em razão das muitas irregularidades administrativas, o prefeito de Tuntum, Fernando Pessoa (PDT) decidiu, por meio de um decreto, desativar e excluir várias escolas que estavam sem atividade de funcionamento, mas que ao mesmo tempo estavam ‘alojando’ funcionários como se eles estivessem trabalhando normalmente nessas unidades escolares, que de fato não estavam, já que elas possivelmente não tinham alunos matriculados.
A descoberta de que o prefeito estaria lotando funcionários de sua gestão em escolas sem funcionamento, o que pode caracterizar a existência de funcionários fantasmas, alguns recebendo altos salários, foi denunciada pelo vereador Magno Melo (PSB), que fazendo um pente fino nas folhas de pagamento fornecidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), descobriu que servidores municipais estariam sendo lotados nessas escolas sem nenhum funcionamento.
Tardiamente tentando apaziguar a grave situação, que é caracterizada como crime, o prefeito decidiu no último dia 05 de junho editar um decreto excluindo em definitivo todas as escolas mencionadas na denúncia pelo vereador oposicionista, que mesmo assim não poderá atenuar em nada a gravidade do caso e as irregularidades cometidas, que são passivas de punição, podendo o prefeito ter que responder na justiça mais um escândalo envolvendo seu nome e de sua gestão.
Na relação nominal das escolas excluídas, publicadas no Diário Oficial, há nomes desconhecidos de escolas e localidades da zona rural. O possível grave ilícito não se estendia somente a zona rural, havia também unidade escolar da zona urbana relacionada como ativa, mas que há muito tempo estava sem funcionamento e possivelmente abrigando funcionário fantasma. Um dos exemplos contidos na relação nominal fornecida pela Prefeitura através da publicação, é o pré-escolar Lourdes Mourão, escola que funcionava onde abriga hoje o prédio da Secretária de Educação, que na prática foi desativada há mais de 4 anos.
Conforme informações do vereador pessebista, o prefeito estaria usando somente o nome das escolas, já que elas não funcionam, para somente lotar funcionários fantasmas de sua gestão, pessoas que somente recebiam sem trabalhar, muitos percebendo somas vultosas. Segundo o vereador, o pior de tudo, é que os funcionários lotados na folha da Secretaria de Educação, gerida com recursos do Fundef, na sua maioria, não têm nenhum vínculo profissional e de formação na área de educação.
Em contato com a redação do blog do Lobão, Magno Melo afirmou que a denúncia sobre o escândalo já está sendo finalizada para ser representada às autoridades e órgãos competentes para a tomada das providências legais e a completa reparação dos danos sofridos ao erário, podendo os recursos utilizados sem a devida finalidade legal ter que ser ressarcidos por quem percebeu, ou seja, os supostos funcionários fantasmas.
Por Blog do Lobão