O relatório do ano passado mostra que 51 crianças foram violentadas sexualmente na cidade e na zona rural de Codó, casos acompanhados diretamente pelo Conselho Tutelar e levados ao conhecimento da Polícia e do Ministério Público, consequente ao Poder Judiciário.
E este é um crime que não para de acontecer aqui em Codó. Os conselheiros tutelares disseram que só fecharão o relatório 2019 ao final do ano, mas afirmaram que de janeiro a junho deste ano pelo menos 25 novos casos de estupro já foram registrados.
Os criminosos continuam dentro de casa, explicou esta conselheira tutelar Arléia da Luz Cunha. Muitos chocam a sociedade quando descobertos, como o caso de um pai que estuprou 4 filhos menores de idade e continua sem punição na Justiça, desde o ano passado quando foi denunciado.
“Tem um caso aqui que o pai abusou das 4 filhas…TODAS MENORES? Todas crianças ainda na época (…)avós, tios, cunhados, padrastos que é o número maior, são de padastros e, ás vezes. Alguns vizinhos, mas eu diria que 95% dos casos é dentro da própria família”, disse
IMPUNIDADE E AMEAÇAS
Apesar do número ser considerado alarmante pelos conselheiros, ele nunca é equivalente ao de criminosos sexuais punidos em Codó. A maioria absoluta, continua respondendo a processos em liberdade.
O conselheiro tutelar, Franck Sousa, revela outra situação, de igual modo preocupante, quem fica solto costuma ameaçar a família da criança que ele violentou.
“A gente se sente muito incomodado com isso porque o que a gente gostaria de ver é a punição logo feita e o agressor atrás das grades pagando pelo crime que cometeu, crime hediondo (…) infelizmente a morosidade é muito grande e a Justiça nos deixa assim de mãos atadas enquanto isso o agressor fica passando na porta da família da vítima até mesmo ameaçando”
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