No Maranhão, as pessoas negras representam 79% (5,4 milhões) da população, sendo Serrano do Maranhão a cidade com a maior proporção (97,2%) e São Luís com o maior contingente (761,1 mil). Os dados são do Boletim Social sobre o perfil da população negra, do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), divulgado nessa sexta-feira (21).
De acordo com o boletim, no Brasil, a população negra é maioria, com 55,5% dos brasileiros se autodeclarando como pretos ou pardos, totalizando 112,7 milhões em 2022.
O estudo, que foi apresentado em um evento no auditório da Secretaria de Estado da Transparência e Controle (STC), também trouxe dados sobre educação, mercado de trabalho, vulnerabilidade social, segurança e saúde envolvendo a população negra.
“O Imesc, em alinhamento com sua missão institucional, tem se dedicado à produção e divulgação de boletins técnicos que subsidiam a formulação de políticas públicas. Nesta edição do Boletim Social, destacamos a realidade da população negra no Maranhão, oferecendo um diagnóstico que orienta gestores e a sociedade em geral sobre aspectos fundamentais, como mercado de trabalho, saúde e educação”, destacou o diretor de Estudos e Pesquisas do Imesc, Rafael Silva.
Educação
Segundo o Boletim Social, o Maranhão registrou avanços na educação da população negra entre 2012 e 2024. Nesse período, o número médio de anos de estudo de pessoas negras com 25 anos ou mais passou de 6,3 para 8,3 anos, evidenciando um aumento na escolaridade.
Em 2024, 10,5% da população negra no estado já possuía ensino superior completo. Outro destaque foi a queda na taxa de analfabetismo entre negros maranhenses de 15 anos ou mais, que passou de 19,3%, em 2012, para 12% no mesmo intervalo.