Caminhada da Campanha Maria da Penha em Ação é realizada no Centro Histórico Imprimir

Na manhã desta terça-feira, 13, centenas de estudantes de 90 escolas públicas de São Luís, da rede estadual de ensino, participaram da sétima edição da caminhada da Campanha Maria da Penha em Ação: prevenção da violência doméstica nas instituições de ensino, que percorreu parte do Centro Histórico de São Luís. A manifestação marcou o encerramento das atividades da campanha em 2018.

Autoridades do Ministério Público do Maranhão, Poder Judiciário, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Educação, além de representantes de entidades da sociedade civil, acompanharam o cortejo, que teve início na praça João Lisboa, vindo a encerrar na praça da Casa do Maranhão, na Praia Grande.

A caminhada passou, ainda, pelas ruas Afonso Pena e do Giz, tendo se concentrado na praça Nauro Machado. Faixas, cartazes e palavras de ordem com manifestações contrárias à violência doméstica contra a mulher foram apresentadas e entoadas pelos participantes.

Idealizada pela promotora de justiça Selma Regina Souza Martins, da 2ª Promotoria de Defesa da Mulher de São Luís, a campanha tem o objetivo de difundir, de forma permanente, o teor da Lei Maria da Penha entre o público estudantil e a sociedade, como forma de prevenir a prática de violência doméstica contra a mulher.

“Estamos com 4.190 medidas protetivas em andamento. É um sinal de que as mulheres estão perdendo o medo de denunciar e estão buscando os seus direitos. É uma prova também de que as instituições e os órgãos de proteção estão em pleno funcionamento”, ressaltou Selma Regina.

O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, também destacou o aumento do número de denúncias. “Quando a campanha começou em 2012, tínhamos 400 processos relativos à questão. Hoje, são mais de 10 mil processos´. É uma indicação de que as mulheres estão procurando o Ministério Público, procurando a Justiça. Precisamos intensificar o combate a este tipo de violência contra a mulher, acabar com esta prática machista, preconceituosa e criminosa.”, frisou o chefe do MPMA.

Do Ministério Público do Maranhão, também estiveram presentes as procuradoras Thêmis Maria Pacheco de Carvalho, Iracy Martins Figueiredo Aguiar e Sâmara Ascar Sauáia, e os promotores de justiça Marco Antonio Santos Amorim (diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais) e Gilberto Câmara.

Acompanharam a mobilização estudantes dos Centros de Ensino Professor Barjonas Lobão (do bairro Cohatrac), Justino Pereira (Cidade Operária), Sotero dos Reis (Centro) e das Unidades Integradas Jackson Lago (João Paulo) e Japiaçu (Anjo da Guarda), entre outros.

Familiares de Mariana Costa, violentada e assassinada pelo cunhado no ano de 2016, também participaram da mobilização.

Durante o cortejo foi informado que, em 2017, 51 mulheres foram vítimas de feminicídio em todo o Maranhão. Neste ano, 38 mulheres já morreram em todo o estado.

Para Bruno Elisson, 19, estudante do C.E. Justino Pereira, o evento serve para conscientizar as pessoas, principalmente os estudantes, sobre a questão. “É necessário combater este mal, que atinge as mulheres em todos os cantos do Brasil”, alertou.

Opinião semelhante teve Sheila Moraes, 14, do 7º ano da escola U.I Japiaçu, a campanha mobiliza a comunidade estudantil para que este tipo de violência não venha a ocorrer no futuro. “Na nossa escola a mobilização foi grande, com os professores conscientizando os alunos sobre o problema”, completou.

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