A Literatura toma conta do Pátio Aberto na oficina de Produção de Cordel, com Moizes Nobre, na próxima quinta (24), no CCVM

A Literatura toma conta do Pátio Aberto na oficina de Produção de Cordel, com Moizes Nobre, na próxima quinta (24), no CCVM

Já pensou em produzir seu próprio livreto de Cordel? Essa é a proposta da oficina Nas Veredas do Cordel: criação de texto e produção do livreto, que o Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) promove por meio do Edital Pátio Aberto, nos dias 24 e 31 deste mês, das 14h às 18h.

Ministrada pelo poeta e cordelista maranhense, Moizes Nobre, a oficina irá abordar temas como origem, literatura de cordel no Brasil e no Maranhão, modalidades e técnicas de publicação. A proposta é que cada participante crie seu texto e produza seu livreto.

Em meio a era digital, em que cada vez mais pessoas optam pela leitura de livros e publicações em dispositivos eletrônicos, o livreto de cordel permanece vivo, presente na cultura brasileira, especialmente no nordeste, onde são vendidos em feiras e praças. A oficina, nesse sentido, pretende contribuir para a valorização e difusão desta cultura, revelando o cordelista que há em cada participante.

A oficina tem carga horária de 8 horas. Estamos oferecendo 30 vagas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail contato@ccvm-ma-gov.br, enviando nome e telefone para contato.

O artista Moizes Nobre e o cordel

O cordelista, pesquisador, arte-educador, poeta e músico, Moizes Nobre, entrou no universo da literatura de cordel após descobrir que a poesia que escrevia era popular, decidindo misturá-la com a técnica do teatro de rua aprendida no Laborarte, laboratório de expressões artísticas, do qual fez parte. A partir daí, passou a desenvolver um trabalho unindo as duas linguagens. Durante dez anos se apresentou em shows no Maranhão e em outros estados brasileiros, ao lado do repentista Gerô, sempre levando a literatura de cordel por onde passava. Ministra oficinas de criação de literatura de cordel para professores e alunos de escolas públicas e particulares em todo o estado. Em 2013 lança Acredite se Quiser, seu primeiro DVD de cordel, com direção do cineasta Marcelo Nepomuceno e editado pela Guadalupe Filmes, de São Paulo. Coordenou o Café Literário e a Praça do Cordel durante a 7ª Feira do Livro de São Luís (Felis), e o Espaço Rima, na 9ª edição da feira literária. Em 2016, lançou os livros Mapeando os Cordelistas do Maranhão e Eu e o Poema O Poema e Eu.

Literatura de Cordel

A literatura de cordel, também conhecida como folheto, aqui no Brasil é um tipo de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos. Este é um gênero literário popular, que existe em outros países além do Brasil.  A literatura de cordel recebe esse nome pela forma como esses folhetos são vendidos, normalmente pendurados em barbantes ou cordéis.

A tradição desse tipo de publicação vem da Europa, quando no início no século XVI, o Renascimento passou a popularizar a impressão dos relatos que pela tradição eram feitos oralmente pelos trovadores. No século XVIII esse tipo de literatura já era comum, e os portugueses a chamavam de literatura de cego, pois em 1789, Dom João V criou uma lei em que era permitido à Irmandade dos homens cegos de Lisboa negociar esse tipo de publicação. No início, a literatura de cordel também tinha peças de teatro, como as que Gil Vicente escrevia. Esta literatura foi introduzida no Brasil pelos portugueses desde o início da colonização, como destaca o pesquisador brasileiro, Luís da Câmara Cascudo. “Nas naus colonizadoras, com os lavradores, a gente do povo, veio naturalmente a tradição do Romanceiro, que se fixaria no Nordeste do Brasil, como literatura de cordel.” (Cascudo, 1973).

Para reunir os expoentes deste gênero literário, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro. Em setembro de 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu a literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Em 1º de agosto comemora-se o dia do poeta de cordel.

No Maranhão há pouca pesquisa e registro da produção dos cordelistas maranhenses. Atualmente, destacam-se cordelistas do interior do estado, como Edvaldo Santos e Paulinho Nó Cego, de Pedreiras; Gavião, de Matões do Norte; Silvestre, de Pindaré e em São Luís, Raimunda Frazão, Walbert Guimarães, entre outros.

Mostra de Curtas Franceses (22 a 26/01), às 15h

Venha curtir um cineminha à tarde!

Na segunda semana da mostra, filmes premiados em festivais internacionais que falam sobre a juventude e sua relação com temas atuais como imigração, preconceito racial, solidão e os dilemas das relações amorosas contemporâneas.

Semana 2

Duração: 1h e 03 min. Classificação:14 anos.

Aïssa

Direção: Clément Tréhin – Lalanne. Ano: 2014

A Carne dos Vulcões (La Chair et Les Volcans)

Direção: Demesme Clémence. Ano: 2014

Molii

Direção: Hakim Zouhani. Ano: 2013

Monstros se Tornam Amantes (Jeunesse des Loups Garous)

Direção: Yann Delattre. Ano: 2015

A classificação é de 14 anos.

Mostra Francesa de Animção Infantil (22 a 26/01), às 14h

A mostra é uma parceria do CCVM com o Instituto Francês (Institut Français) e tem curadoria de Jeanne de Larrard, especialista em cinema, programadora e produtora do Festival de Cinéma Brésilien de Paris e do Festival Brésil en Mouvements.

Voltada para o público infanto-juvenil, a mostra tem curadoria de Jeanne de Larrard. Sua realização é uma parceria com o Instituto Francês.

5m80. Nicolas Deveaux (2013)

O Gato de Apartamento. Sarah Roper (1999)

O Som das Chamas. Coletivo LISAA (2014)

A Migração das Bretãs. Coletivo Les Gobelins (2004)

Ao Fim do Mundo. Konstantin Bronzit (1999)

A Luva. Clémentine Robach (2014)

O Balê. Louis Thomas (2012)

Flutuando na Minha Mente. Hélène Leroux (2013)

Sob os Seus Dedos. Marie-Christine Courtès (2014)

Lwas. Mathilde Vachet (2012)

A classificação é livre.

Cine Pátio (25/01), às 18h

O Cine Pátio exibe, nesta sexta (25), o filme Cadillac Records, com direção de Darnell Martin.

Lançado em 2008, o filme conta a história de Leonard Chess, fundador da gravadora Chess Records, que abriu as portas para muitos negros no mercado da música por acreditar que poderia ganhar dinheiro ao assinar com talentos ascendentes.

Retrata a vida conturbada de muitas lendas da música americana, como Muddy Waters, Leonard Chess, Little Walter, Howlin’ Wolf, Etta James e Chuck Berry.

Toda a programação tem entrada gratuita.

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