O Centro-Oeste é a região com o maior surto da doença
O Distrito Federal contabiliza mais de 67,2 mil casos de dengue desde o início do ano. Essa quantidade é quase cinco vezes a que foi registrada no mesmo período do ano passado. Os casos graves saltaram de 15 para 61 e as mortes por dengue chegaram a 11 este ano e eram 10 até o começo de dezembro de 2021. Com esses números, Brasília se tornou o epicentro da dengue no país.
O diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do DF, Jadir Costa Filho, justifica que as equipes encontraram dificuldades para fazer o trabalho de prevenção.
Em números absolutos, Goiânia, capital de Goiás, vem em segundo lugar, com quase 53,8 mil casos. E, em terceiro lugar, está a cidade de Aparecida de Goiânia, também em Goiás, com pouco mais de 25,1 mil notificações de dengue.
Os números altos fazem do Centro-Oeste a região com o maior surto da doença, com 1.993 casos para cada 100 mil habitantes. O Sul do país está em segundo lugar, com pouco mais da metade desse índice: 1.043 casos para cada 100 mil habitantes.
Em todo o país, são cerca de 1,4 milhão de casos de dengue até o momento, um aumento de 172,4% em relação ao ano passado. Já o número de mortes confirmadas pela doença é de 978.
O infectologista Kleber Luz aponta que o clima e a falta de cuidado por parte da população podem explicar os surtos.
A dengue é uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dores abdominais e manchas pelo corpo. Os sintomas duram cerca de uma semana.
O médico Kleber Luz faz um alerta: quem pega dengue pela segunda vez pode apresentar a forma grave da doença.
É sempre bom lembrar que cada um de nós pode e deve combater a dengue. Verificar o quintal não toma nem 10 minutos da nossa semana. Também é fundamental abrir o portão para as equipes de saúde ajudarem a acabar com os locais onde o mosquito possa se reproduzir.
Agência Brasil