66 PESSOAS MORREM EM EXPLOSÃO DE OLEODUTO NO MÉXICO

Subiu para 66 o número de mortos na explosão de um oleoduto da empresa estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) na sexta-feira (18), no estado central de Hidalgo, no México, informou o governo local. Pelo menos 76 pessoas ficaram feridas.

Mais cedo, o governo havia divulgado que 21 pessoas haviam morrido. Entre as vítimas, há dois adolescentes de 15 anos e uma criança de 2 anos, segundo a agência Efe.

O acidente ocorreu no final da tarde, no município de Tlahuelilpan, quando dezenas de pessoas aproveitavam um vazamento no local para transportar o combustível em baldes e vasilhas.

A explosão do duto, que havia sido supostamente perfurado por ladrões, lançou labaredas aos céus de Tlahuelilpan, no estado de Hidalgo, região central do México.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, prometeu neste sábado intensificar os esforços para erradicar o roubo de combustível, após a tragédia.

“Nos comunicaram este trágico acidente, onde há muitas pessoas queimadas, que estavam no local tentando coletar combustível que escapou por um vazamento”, explicou o governador Omar Fayad, em entrevista aos canais de televisão “Milenio” e “Foro TV”.

Equipes resgatam pessoa ferida em explosão de oleoduto no México, na noite de sexta-feira (18). — Foto: Alfredo Estrella/AFP

Muitos dos feridos sofreram queimaduras graves, e existe o temor que haja mais corpos carbonizados perto do duto.

O prefeito do município, Juan Pedro Cruz, disse aos jornalistas locais que o vazamento teve início às 17h (horário local, 23h de Brasília). Militares do Exército tentaram isolar a área, mas não conseguiram controlar as cerca de 200 pessoas que haviam invadido o local para pegar o combustível.

Ele disse que os militares pediram aos moradores que deixassem a área, mas eles não prestaram atenção e a tragédia aconteceu. Quando explodiu, o combustível criou uma espécie de barreira de fogo onde estava concentrada grande parte das pessoas.

O incêndio foi controlado pouco antes da 0h (hora local), o que permitirá a remoção dos corpos carbonizados e confirmação do número total de mortos e feridos, informou o secretário de Segurança Pública, Alfonso Durazo.

“Lamento muito a grave situação em Tlahuelilpan devido à explosão de um oleoduto. Estou em Aguascalientes e, desde que o diretor da Pemex e o Secretário de Defesa me informaram, dei instruções para controlar o incêndio e atender as vítimas”, escreveu o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em mensagem no Twitter.

Imagens de vídeos mostraram moradores em correria para encher galões com combustível vazado do duto em meio a vítimas queimadas, levantando questionamentos sobre como López Obrador tem lidado com a questão, uma de suas promessas desde que assumiu o cargo, em 1º de dezembro.

Veterano de esquerda, López Obrador lançou em 27 de dezembro uma operação de repressão e ordenou o fechamento temporário de dutos para interromper os desvios ilegais de bilhões de dólares da petroleira estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), afundada em dívidas.

“Estamos longe de terminar o combate… contra o roubo de combustível, que vai se tornar mais forte, vamos continuar até que tenhamos erradicado essa prática”, disse López Obrador, que prometeu intensificar a presença de forças de segurança em áreas sensíveis.

Vídeos publicados em redes sociais mostraram pessoas enchendo galões junto ao duto durante o dia e na presença de forças armadas, levando a questionamentos sobre o motivo das autoridades não terem agido.

O governo diz que os soldados chegaram ao local depois de a Pemex ter detectado a perfuração ilegal, mas não tiveram tempo de assumir o controle da área.

A Pemex, por um comunicado, afirmou que funcionários especializados, em coordenação com autoridades de todos os níveis, cuidavam do incêndio. O titular da Secretaria de Segurança e Proteção do Cidadão (SSPC), Alfonso Durazo, foi até o local.

No estado mexicano de Queretaro, explodiu outro duto da Pemex no município de San Juan del Río, na tarde de sexta (18), mas não havia informações de mortos ou feridos.

G1

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Comunicação e Ciências Pedagógias, atuante na area de comunicação desde 2000 até o momento.

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