Banhistas que estavam na manhã deste domingo (6) numa praia do rio Tapajós, no Pará, afirmam ter sido retirados do local pela segurança do presidente Lula para a permanência do petista no local.
Vídeos feitos pelo técnico em eletrotécnica Neemias Costa, 42 anos, mostram a abordagem de agentes da Polícia Federal e a aproximação de barcos da Marinha, que fazem a escolta do presidente.
À Folha, ele disse que havia sete embarcações ancoradas na praia do Araria, cada uma com cerca de 20 famílias. Ele disse que a determinação foi de saída imediata.
“Chegamos por volta de 8h30min na praia. Antes disso, fizemos os procedimentos de passar pela Capitania Fluvial de Santarém e foi liberado o nosso barco para passeio. Quando foi umas 10h, chegou uma lancha da Capitania e outra com policiais federais. Eles pediram para a gente se retirar da praia, porque o barco do presidente ia ancorar lá. Ficamos chateados com isso, estávamos no nosso lazer e havia autorização”, disse.
O auxiliar de produção Fábio Monteiro, 21 anos, disse que estava no local e confirmou a informação. “A Marinha tinha confirmado que a gente poderia ir a praia, mas depois expulsaram a gente.”
Lula está desde sexta-feira (4) descansando em Alter do Chão, acompanhado da primeira-dama Janja e assessores. Ele está hospedado na Casa do Saulo, hotel e restaurante do chef de cozinha Saulo Jennings, também dono da embarcação usada pelo presidente nos passeios do fim de semana.
Procurada, a Presidência da República não comentou o caso. A Marinha disse, em nota, que está apurando e trabalha para esclarecer os fatos.
O passeio de Lula por Alter do Chão tem sido acompanhado por agentes da Polícia Federal e da Marinha. Não houve alteração na programação de descanso do presidente, apesar da soltura nesta sexta-feira (4) do fazendeiro Arilson Strapasson, suspeito de afirmar que daria um tiro no presidente durante visita a Santarém (PA).
Fonte: Jornal do Comércio