Em discurso de posse, Flávio Dino defende direitos humanos

Em discurso de posse, o governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino, ressaltou a importância da defesa dos direitos humanos e dos direitos fundamentais e, citando a saída dos Estados Unidos e Israel da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), disse que a humanidade vive “uma era estranha, uma era esquisita”.

O governador tomou posse na tarde de hoje (1º) na Assembleia Legislativa do estado. Também foi empossado e reconduzido ao cargo o atual vice-governador Carlos Brandão. “Nesses tempos estranhos, há quem considere que direitos humanos são maldição. Eu acredito que sem direitos humanos não há desenvolvimento”, disse e acrescentou que se a riqueza produzida não for aplicada em benefício social, “podemos ter crescimento econômico, mas jamais teremos uma sociedade desenvolvida e digna”.

No discurso, ele também se comprometeu com o equilíbrio fiscal das receitas e despesas do estado. De acordo com o governador, o equilíbrio das contas é “premissa imprescindível para que outras conquistas sejam celebradas. Quando as contas públicas se desequilibram, não há horizonte, quando entram no terreno da imprevisibilidade, não há condições de sonharmos e concretizarmos nossos sonhos”.

Democracia

Dino ressaltou que manterá diálogo com o governo de Jair Bolsonaro “para atender aos interesses do povo do Maranhão”. O governador também defendeu a democracia que, segundo ele, é fortalecida pelo pensamento diferente. “Me espanto e me horrorizo com o ódio que jorra das redes sociais. Não devemos normalizar a barbárie porque se a normalizamos, estamos a perenizando e eternizando a busca da destruição do pensamento diferente no Brasil”.

Dino foi reeleito com 59,29% dos votos válidos por 1.867.396 eleitores maranhenses. O governador empossado participa ainda hoje de solenidade de recondução ao cargo, no Palácio dos Leões, no Centro de São Luís (MA).

Perfil

Advogado e professor universitário, o governador começou sua vida política no movimento estudantil e integrou a ala jovem da campanha do presidente Lula, em 1989. No processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Dino foi um dos líderes da resistência à cassação do mandato da petista.

Antes de conquistar o governo do Maranhão, Dino foi juiz federal por 12 anos, quando presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe), carreira que abandonou para se filiar ao PCdoB e disputar uma vaga na Câmara Federal.

Cumpriu um mandato de deputado federal, destacando-se nos debates da reforma política. Foi presidente da Embratur de 2011 a 2014, quando deixou o cargo para disputar a eleição de governador do Maranhão. Dino tem 50 anos, é casado e tem três filhos.

Agência Brasil

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